terça-feira, 27 de agosto de 2013

Reprodução das Pteridófitas

Pteridófitas

 PTERIDÓFITAS

http://www.youtube.com/watch?v=Hd3kwbLVE3g

O grupo das pteridófitas compreende plantas que, diferentemente das briófitas, possuem vasos condutores de seiva sendo, por isso, consideradas traqueófitas. Entretanto, não apresentam sementes - tal como os musgos, hepáticas e antóceros - e, ao contrário destas, a fase dominante é o esporófito, com gametófito reduzido.




Seus representantes podem viver sobre o tronco de árvores e arbustos (epífitas), ou mesmo em ambientes aquáticos. Avencas, samambaias e espécies dos gêneros Selaginella e Lycopodium são as integrantes deste grupo.



O fato de serem traqueófitas fez com que com o transporte de água, nutrientes e seiva elaborada se tornasse mais eficiente. Essa característica, aliada ao surgimento de tecidos de sustentação, permitiu que seus representantes apresentassem maior porte e se mantivessem eretos.



Pteridófitas possuem rizoma: tipo de caule semelhante a uma raiz, subterrâneo ou localizado bem próximo ao solo, quase imperceptível. Têm, ainda, folhas divididas em folíolos, sendo que as mais jovens, denominadas báculos, se apresentam enroladas. Em muitas espécies, tais estruturas, quando mais adultas, apresentam soros distribuídos na face inferior. Soros possuem esporângios contendo células-mãe dos esporos. Por meio de divisões meióticas tais células dão origem a esses últimos.



Esporos, em substrato úmido, se desenvolvem e passam a ser denominados “prótalos”. Nestes, há uma região masculina e outra feminina. Geralmente, com a ajuda da água de chuva, sereno, dentre outros, os anterozoides (gametângios masculinos) se dirigem à oosfera (gametângio feminino), ocorrendo a fecundação. A partir do zigoto, desenvolve um esporófito jovem, completando este ciclo.



Além da reprodução sexuada, alguns representantes deste grupo reproduzem-se assexuadamente, por brotamento.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Basidiomicetos


Alguns termos que devem ser conhecidos antes deste estudo:

Hifa – célula comprida, semi-dividida, geralmente com vários núcleos.


Basidiósporo- esporo produzido por basidiomicetos.

Micélio – conjunto de hifas.




Célula dicariótica – célula com duas cariotecas (dois núcleos)

Fibulação – processo de divisão celular onde, em um hifa, as semi-divisões se fecham completamente, separando os núcleos e formando novas células.

Copulação – no caso abaixo, a copulação seria apenas os núcleos habitando a mesma célula, não ocorrendo a fecundação (junção dos núcleos, troca de material genético)


Características Gerais:

São os fungos mais conhecidos, tendo uma parte de seu corpo (basidiocarpo) para fora da terra formando os famosos cogumelos.



Esses fungos podem ser comestíveis (como o champignon), venenosos ou até alucinógenos. Alguns basidiomicetos atacam vegetais, outros são parasitas de animais e plantas. Além disso, esses fungos são usados na agropecuária e no controle de pragas nas plantações, e também são usados há anos na produção de medicamentos.


Reprodução:

  Começado o ciclo de vida dos basidiomicetos pela reprodução, podendo ser sexuada ou assexuada.
- a reprodução assexuada pode ser feita por esporos ou partes de um micélio, separado do resto, que germinam e formam novos organismos.
            - a reprodução sexuada pode ocorrer através da copulação entre duas hifas ou um basidiósporo e uma hifa. Depois da copulação é formada uma célula dicariótica, que forma outras células dicarióticas através da fibulação. Depois de crescer deste modo, os núcleos contidos na célula dicariótica irão se fecundar e após tornarem-se um só, fazem meiose, formando mais basidiósporos.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Reprodução dos Zigomicetos


          São os fungos mais simples, de hifas cenocíticas, cujo micélio se espalha sobre o substrato, produzindo ocasionais esporângios na na extremidade de algumas hifas que se elevam verticalmente. Quando os esporângios se rompem, os esporos se dispersam no ambiente e germinam sobre novos substratos.
        O nome do grupo (zigo = par, união de dois; miceto = fungo) refere-se à existência de um processo de reprodução sexuada em que ocorre a fusão de hifas de dois indivíduos haploides; no ponto de contato forma-se uma estrutura equivalente a um zigoto. Dois exemplos representativos desse grupo são os bolores dos gêneros Mucor (encontrados sobre frutas em processo de apodrecimento) e Rhizopus (bolores pretos, comuns sobre pão envelhecido e também sobre frutas.


        É um grupo que apresenta hifas asseptadas que formam estolões. Quando os estolões tocam no substrato, ocorre a formação de rizóides para sua fixação, onde ocorre fixação dos rizóides germina uma ramificação ereta e vigorosa, chamada esporangióforo, que produz um esporângio em seu ápice formando vários esporos assexuados através de divisões mitóticas. Durante a reprodução sexuada, ocorre o encontro de duas hifas haplóides, quando se formam os gametângios, com intumescimento e migração de diversos núcleos haplóides. Com a fusão dos gametângios das diferentes hifas ocorre a fecundação, com formação de diversos zigotos. Após a formação de uma parede espessada, os gametângios fundidos se desenvolvem em um zigosporângio, que pode permanecer dormente por meses.
        Quando o zigosporângio se rompe, forma-se um esporangióforo e ocorre a meiose dos diversos zigotos, formando os esporos sexuados dentro do esporângio. O conjunto de zigotos dormentes dentro do zigosporângio é conhecido como zigósporo por representar uma estrutura de resistência.
        Texto de: Wellington Veiga

Ascomicetos




Os ascomicetos compreendem o grupo mais numeroso de fungos, com cerca de 32.300 espécies descritas. Neste grupo estão os fermentos e os populares bolores que estragam os alimentos. Existem espécies que causam doenças em vegetais.

Características


A maioria dos ascomicetos possui talo filamentoso e suas hifas possuem septos transversais perfurados para que o citoplasma e o núcleo possam se mover de uma célula para outra. Estas células normalmente possuem apenas um núcleo. A parede celular é composta de quitina.

Reprodução

A reprodução assexuada ocorre pela formação de conídios multinucleados, um tipo de esporo.

A reprodução sexuada  ocorre da seguinte forma: as hifas homocarióticas formam os ascogônios (gametângios femininos) e os anterídios (gametângios masculinos). Quando os dois se encontram e são compatíveis, ocorre a plasmogamia, que é a fusão destas estruturas, porém parcialmente.

Na estrutura feminina que sofreu fecundação vão brotar hifas com núcleos haplóides e heterocarióticos, pois são resultado da fusão de dois talos. Na extremidade destas hifas formam-se ganchos, por onde cresce o micélio, formando células com dois núcleos (1 feminino e 1 masculino). Um tempo depois ocorre a cariogamia, formando um núcleo diploide, e por meiose forma 4 núcleos haploides, logo após sofre mitose, formando 8 núcleos haplóides, que formam 8 esporos.

Quando os ascósporos germinarem, darão origem a um micélio uninucleado e outro haploide, que se reproduzem assexuadamente por conidiósporos.

Importância econômica

Os ascomicetos são grande decompositores. Possuem grande utilidade na indústria alimentícia através dos fermentos, na produção de pães, bolos, bebidas alcoólicas e até na produção de combustíveis como o álcool. O LSD também é extraído dos ascomicetos.

O fungo do gênero Penicillium é utilizado na fabricação de antibióticos e dá sabores e cheiros característicos a queijos como Roquefort.

Algumas espécies causam prejuízos, pois decompõem alimentos e parasitam plantas.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Curiosidades - Algas

  Algumas curiosidades sobre os tipos de algas:

  Euglenófitas – sendo considerado o grupo mais primitivo de algas, as euglenófitas são unicelulares e em torno de um terço delas são autotróficas. Essas células apresentam uma mancha ocular, a qual permite que elas se orientem em direção a luz, o que é fundamental para a fotossíntese.
  Bacilariófitas – são muito usadas para a produção de filtros, principalmente para a indústria do açúcar. Desse tipo de alga também pode ser feitas substancias para polimento de prata e também eram usados na fabricação de pasta de dente, como aditivos para a tinta e como isolantes para fornos de fundição.
  Dinoflagelados – os dinoflagelados são um dos grupos mais abundantes no plâncton marinho, sendo em sua maioria autotróficos. Em condições favoráveis podem fazer as chamadas marés vermelhas, que nada mais são que uma quantidade imensa de toxinas produzidas por essas algas que causam a morte em massa de outras espécies marinhas. Alguns dinoflagelados podem produzir florescimentos tóxicos.
  Clorofíceas – também chamadas de algas verdes, as clorofíceas podem ser unicelulares ou pluricelulares. Geralmente vivem na água, mas também podem vier no solo ou rochas úmidas, neve, gelo, dentro de seres vivos ou junto a fungos, formando liquens. A reprodução dessas algas pode ser sexuadas, assexuada ou os dois alternadamente.
  Feofíceas – geralmente marinhas, as feofíceas ou algas pardas são pluricelulares. Dominante nas aguas frias, dessas algas é extraído o açúcar usado na indústria farmacêutica.
  Rodofíceas – das, aproximadamente, 6000 espécies, apenas 5 ou 6 rodofíceas, ou algas vermelhas, são de água doce, sendo a maioria marinha. Normalmente essas algas são pluricelulares e crescem em rochas. As algas vermelhas coralinas tem um depósito de carbonato de cálcio nas paredes celulares, o qual as torna muito resistentes e pouco flexíveis. Por poderem formar grandes recifes de corais, são muito abundantes e importantes ecologicamente.

Resumo das Características do Reino Protoctista

  1) Todos são eucariotos – possuem carioteca (membrana que envolve o núcleo, separando o material genético do resto da célula).

  2) Podem ser tanto unicelulares quanto pluricelulares e viverem ou não em colônias.
- Unicelulares: protozoa (filo do Reino Protista) e algas unicelulares.
- Pluricelulares: Algas pluricelulares (estas algas não formam tecidos e são classificadas como charófitas. São ancestrais das metáfitas).
- Colônias: ancestrais do Reino Metazoa (animais)

  3) Quanto a nutrição, podem ser autotróficas (não precisam comer, em geral fazem fotossíntese) ou heterotróficas (precisam comer)

  4) Quanto a reprodução, ela pode ser sexuada ou assexuada.

  5) Quanto a locomoção:
            - Sem meio de locomoção (todos os parasitas)
            - Flagelados (tem um ou mais flagelos, que são como caudas usadas na locomoção)

  







(exemplo de célula flagelada)


           - Ciliados (tem cílios)

  







(exemplo de célula ciliada)


            - Pseudópodes (formam através de sua membrana plasmática “pés” usados na locomoção)



  


(exemplo de célula pseudópode)



  6) Origem:
            - Apomorfia (apomorfia é a diferença entre um grupo e outro. Neste caso foi classificado deste jeito por terem mais apomorfias com outros grupos que com este)
            - Plesiomorfia (característica de um ancestral em comum que une os dois grupos. Neste caso a característica presente no ancestral em comum e que se mantém até hoje é comum entre os membros deste grupo e não entre membros de outros)

  7) A digestão deste grupo é sempre intracelular.
            - No desenho menor (à esquerda) aparece uma célula onde a partícula alimentar entra pela citosina (boca) e sai pela citoprocto (ânus).
            - No desenho maior (à direita) pode-se ver a partícula alimentar entrando pela esquerda da célula e criando-se um vacúolo digestivo, o qual se encontra com um lisossomo (produzido pelo complexo de Golgi) contendo enzimas digestivas. Logo após o encontro as enzimas fazem a digestão e é absorvido tudo o que pode ajudar a célula. Logo após, (mais acima) o vacúolo se locomove até a membrana celular e libera os resíduos do alimento.



  8) Algumas das principais doenças causadas por protistas:
            - Doença de chagas (Tripanossoma cruzi)
            - Giardíase (Guiardia lamblia)
            - Malária (Plasmodium malarie, P. vivax, P. falciparum, P. orale)

terça-feira, 26 de março de 2013

Fatores que levam à evolução

Um dos fatores que pode provocar a evolução de uma espécie é uma mutação genética. Por exemplo: suponhamos que numa população de baratas, nasça uma resistente a um inseticida. Se for colocado esse inseticida no ambiente, todas as baratas morrerão, menos aquela que se tornou resistente. Ela se reproduzirá e gerará uma nova população de baratas resistentes ao inseticida. Esse processo, de uma característica mutante vantajosa ser herdado pelas gerações seguintes e as desvantajosas não, é denominado seleção natural. Observação: uma espécie pode sofrer uma demutação aparentemente boa, mas que não lha traga nenhum benefício real. Se no caso das baratas citado acima, por exemplo, as baratas nunca forem expostas àquele inseticida, a barata resistente não terá nenhuma vantagem sobre as outras.
Outro fator que pode provocar a evolução da espécie é o isolamento geográfico. Quando uma população é dividida e separada por uma barreira geográfica, a mutação, a seleção natural e outros fatores podem atuar de maneiras diferentes nelas, e com isso, pode haver o surgimento de duas populações diferentes. Se isso durar tempo suficiente, podemos chegar a um ponto no qual o cruzamento entre essas duas populações, mesmo com o desaparecimento da barreira geográfica,  não será mais  possível devido a essas diferenças genéticas entre elas. Nesse caso, dizemos, que houve um isolamento reprodutivo e que há duas espécies diferentes.
Chama-se cladogênese o conjunto de processos que causam a especiação, o seja, a separação de uma população em duas e a formação de duas novas espécies a partir destas. O isolamento geográfico é um exemplo de processo cladogenético.
Já a anagênese é a formação de uma nova espécie simplesmente através de um conjunto de mudanças de uma determinada espécie. A mutação é um exemplo de processo anagenético.

Cultivo de bactérias - Aula prática

O cultivo de bactérias em laboratório pode ser dado de maneira simples e eficaz:
Prepara-se uma solução de caldo de carne e gelatina, formando um meio de cultivo rico em proteínas, de fácil visualização e proliferação de bactérias. Após pronta a solução, esperar que a mesma fique semi rígida, e passar um cotonete em lugares com possíveis concentrações de bactérias (chão, unhas, etc) e imediatamente passar levemente na solução, com cuidado para não abrir buracos no meio de cultivo. Após feito isso, é só esperar. Manter a solução "suja" entre 30-35ºC para maior proliferação bacteriana e após 2, 3 dias, observá-la. Provavelmente, após esse tempo, a solução apresentará uma neve branca: essas são as bactérias!
Fotos tiradas no laboratório de bilogia, experiencia de cultivo de bactérias:



Resumo - Algas

As algas podem ser unicelulares e pluricelulares, vivem em água doce, salgada ou até em terra firme, fazem fotossíntese sendo as grandes produtoras de oxigênio do mundo, possuem cloroplastos com clorofila e sua reprodução é assexuada por divisão binária e em alguns casos sexuada. As algas microscópicas fazem parte de um grupo que flutua sobre a superfície da água, são chamados de Plâncton, e formam o fitoplâncton.

Diferentes grupos de algas:

Euglenófitas: Possuem flagelos, vacúolo contrátil, e nos cloroplastos, há clorofilas a e b. Possuem também Carotenoides, que são pigmentos que auxiliam na captura da energia da luz.

Bacilariófitas: Possuem clorofilas a e c, carotenoides e outros pigmentos que lhes conferem a cor dourada. Armazenam crisolaminarina e óleos. A reprodução pode ser assexuada por bipartição, ou sexuada, com produção de gametas.
Diatomáceas são um exemplo de Bacilarófitas.

Dinoflagelados: Apresentam dois sulcos em forma de cinta, cada um com um flagelo. São portadoras de clorofilas a e c, carotenos e armazenam óleos e amidos. Algumas algas como as Noctiluca apresentam bioluminescência, que transforma a energia química em luz. A reprodução ocorre por divisão binária.

Algas Verdes ou clorofíceas: Nessas algas a cor verde predomina sobre a de outros pigmentos, elas possuem clorofilas a e b, pigmentos carotenoides, parede celular de sacarose e reserva de amido. Podem ser unicelulares móveis(com flagelos), imóveis, coloniais ou de vida livre e pluricelulares de vários tamanhos e formas. São mais frequentes em água doce e salgada.

Algas pardas ou feofíceas: Essas algas são marinhas, macroscópicas, pluricelulares e possuem clorofila a e c associados a carotenoides, principalmente a fucoxantina que da a característica marrom.

Algas vermelhas ou Rodofíceas: Possuem pigmentos carotenoides, clorofila a, ficoeritrina e ficobilina (responsável por sua cor vermelha). A maior parte é pluricelular, podendo variar de tamanho.

sábado, 23 de março de 2013

História da Taxonomia - Teofrasto

Teofrasto, aluno de Aristóteles, continuou a classificar seres, assim como seu mestre. Escreveu um livro classificando 480 plantas, chamado Historia Plantarum (História das Plantas, em português). Foi organizado em dez livros, sendo uma enciclopédia sobre o reino das plantas, onde um esboço de taxonomia é traçado. Observou que todos frutos seguem um padrão, portando "pele", poupa e semente, denominados epicarpo, mesocarpo e spermata, ou endocarpo, respectivamente.


Este trabalho serviu como ponto de referência na botânica durante muitos séculos, sendo mais tarde desenvolvido, por volta de 1200, por Giovanni Bodeo da Stapelio, que adicionou comentários e desenhos.
Vários grupos de plantas reconhecidas atualmente foram classificadas por Teofrasto, como Cornus, Açafrão e Narciso.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia#De_Arist.C3.B3teles_at.C3.A9_Pl.C3.ADnio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Historia_Plantarum

sexta-feira, 22 de março de 2013

História da Taxonomia - Aristóteles

Aristóteles pode ser considerado o primeiro a classificar os seres, e através do livro KATEGORIAS registrou tal classificação, classificando-os em não vivos ou vivos, portadores ou não de Ânima (alma), e estes, subdivididos pelo meio em que se movem (água, terra ou ar). Classificou minerais e vegetais como inanimados, e animais e o homem como animados.
Também foi o percursor da ictiologia, catalogando e descrevendo o comportamento de mais de 100 aves marinhas.
Segue uma lista de livros Aristotélicos sobre biologia:

  • Historiae animalium, coleção de 9 livros;
  • De Generation et Corruption, coleção de 2 livros ;
  • De Generatione Animallium, coleção de 5 livros ;
  • De Partibus Animalium, coleção de 4 livros.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Nanopartícula feita de veneno de abelha pode matar vírus da aids

Carregada com a toxina melitina, a partícula consegue romper o envelope de proteção do vírus HIV. A toxina melitina é eficaz em romper o envelope duplo de alguns vírus, como o HIV (Thinkstock).

Uma toxina presente no veneno de abelhas pode ajudar a combater o vírus do HIV. Em uma pesquisa publicada no periódico Antiviral Therapy, pesquisadores da Universidade de Washington conseguiram que uma nanopartícula carregada com a toxina melitina destruísse o vírus. Segundo eles, a descoberta pode ser um passo importante no desenvolvimento de um gel vaginal eficaz em prevenir a disseminação do vírus causador da aids.
A toxina melitina, presente no veneno da abelha, tem uma ação tão potente que consegue fazer pequenos buracos na camada protetora que envolve o HIV — assim como outros vírus. Quando essa toxina é colocada dentro das nanopartículas, no entanto, as células normais não são prejudicadas por sua ação. Isso porque a equipe de pesquisadores adicionou uma espécie de pára-choques de proteção em sua superfície. Assim, quando entra em contato com uma célula normal, que é muito maior em tamanho, a nanopartícula se afasta. O vírus do HIV, por outro lado, é menor do que a nanopartícula, cabendo no espaço existente entre esses pára-choques. Ao fazer contato com a superfície da partícula, o HIV entra em contato também com a toxina da abelha. "A melitina forma pequenos complexos de poros e rompe o envelope do vírus, arrancando esse envelope", diz Joshua L. Hood, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/nanoparticula-feita-de-veneno-de-abelha-pode-matar-virus-da-aids

terça-feira, 12 de março de 2013

História da Taxonomia

Antes mesmo da criação da ciência, e muito antes da criação do termo taxonomia, havia a necessidade de se nomear (nomear plantas, animais venenosos e comestíveis, árvores, etc) para classificá-los, mesmo que primitivamente, como úteis ou não para a sociedade. Com o passar do tempo e com o método científico se aprimorando, o desejo de classificar foi se tornando maior e padrões começaram a surgir, como a classificação em vertebrados e invertebrados (seres com ou sem vértebras) criada por Aristóteles. A partir de um método simples, levando em conta utilidade ou não, criou-se uma ciência que busca classificar todos seres vivos (ou não, como por exemplo: os vírus, embora haja controvérsias sobre sua classificação).
A partir disso, buscaremos explicar nessa série de posts, nomeada "História da Taxonomia", as classificações dos maiores taxonomistas, comentando suas obras e suas pesquisas, 

sábado, 9 de março de 2013

Taxonomia: Introdução


A palavra taxonomia vem do grego τάξις (arranjar, ajuntar)+νομία(método, regra). Ou seja, a taxonomia é uma parte da Biologia responsável por classificar e descrever os seres vivos, baseado em suas relações evolutivas. Não se conhece exatamente as relações evolutivas entre os seres vivos, o que se faz são suposições baseadas na observação das semelhanças entre eles: semelhanças fisiológicas, anatômicas e genéticas. Por isso, o tempo todo são propostas novas classificações. Atualmente a principal divisão taxonômica é a de Lineu (Liné, em sueco e Linnaeus, em latim), que  criou os seguintes táxons (categorias taxonômicas):
- Espécie: grupos de seres semelhantes fisiologicamente, anatomicamente e geneticamente(possuem o mesmo cariótipo), capazes de se reproduzir e ter descendentes férteis.
-Gênero: conjunto de espécies aparentados, que provavelmente possuem um ancestral comum.
-Família: conjunto de gêneros aparentados, que provavelmente possuem um ancestral comum.
-Ordem: conjunto de famílias aparentadas, que provavelmente possuem um ancestral comum.
-Classe: conjunto de ordens aparentadas, que provavelmente possuem um ancestral comum.
-Filo: conjunto de classes aparentadas, que provavelmente possuem um ancestral comum.
-Reino: conjunto de filos aparentadas, que provavelmente possuem um ancestral comum.

Mais recentemente foi criada mais uma categoria taxonômica, a dos Domínios, que é um conjunto de reinos. Esta é a categoria mais heterogênea (apresenta maior diversidade de espécies), enquanto que a Espécie e a mais homogênea.

Ex: classificação da onça-pintada
Reino: Animalia (animais)
Filo: Chordata   (cordados)
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnívora
Família: Felidae (felinos)
Gênero: Panthera
Espécie: Panthera onca

NOMENCLATURA CIENTÍFICA
O nome científico de um ser vivo é binomial, sendo que o primeiro nome indica o gênero (epíteto genérico), e o segundo, a espécie (epíteto específico).
O nome genérico deve ser escrito com inicial maiúscula e o nome específico deve ser escrito com inicial minúscula.
O nome científico deve sempre vir destacado, em itálica ou negrito num texto impresso, ou sublinhado, num texto manuscrito.
O nome científico deve ser escrito em latim, por dois motivos:
1) Não favorece nenhuma nação atual: o latim é uma língua morta. Se fosse usado uma língua "viva", como o inglês por exemplo, isso favoreceria as nações atuais de língua inglesa e prejudicaria as demais.
2) Compreensão universal: por exemplo, a aranha que no Brasil é chamada de aranha-armadeira, nos EUA é chamada de banana-spider. Para evitar essa confusão, usa-se o nome científico, que nesse caso é Pheneutria nigriventer.



Fontes:
http://www.youtube.com/watch?v=tQ_bB-oRWII
LINHARES, Sérgio; GEWANDSNAJDER, Fernando. Biologia Hoje: os seres vivos. São Paulo: Ática, 2012



quinta-feira, 7 de março de 2013

BACTÉRIAS


  • Tipos de bactérias;
  • Doenças causadas por bactérias;
  • Formas de contágio;
  • Desenvolvimento;
  • Combate com o uso de antibióticos ;
  • Os germes;
  • Formas patogênicas.

O que são bactérias? As bactérias são seres muito pequenos que, em sua maior parte, não podem ser vistos a olho nu. Apesar de seu tamanho, elas se multiplicam em grande velocidade, e, muitas delas, conhecidas como germes, são prejudiciais a saúde do homem, pois podem causar inúmeras doenças. 

Características e informações sobre as bactérias
Elas se encontram por toda parte, e há milhares delas no ar, na água, no solo e, inclusive, em nossos corpos. Contudo, nem todas são maléficas, há aquelas que desempenham papéis extremamente úteis para muitas formas de vida, inclusive para os seres humanos. No caso de plantas, como as ervilhas, elas se beneficiam desta forma de vida, que habita em suas raízes dentro de pequenos caroços, em seu crescimento através da substância química que estas bactérias produzem. No solo existem bactérias que podem ser benéficas de várias maneiras, uma delas é ajudar as folhas velhas das plantas a apodrecerem fornecendo alimento às novas plantas. Entretanto, há certas bactérias que são daninhas aos vegetais prejudicando-os a ponto de destruí-los. No caso dos seres humanos, elas podem ser combatidas através do uso de antibióticos, que, quando usados conforme orientação médica, tem efeito eficaz sobre os germes prejudiciais a saúde. Caso contrário, elas aumentarão rapidamente ampliando o número de colônias. Em muitos casos, elas podem ser transferidas de pessoas para pessoas. 
Podemos citar como principais tipos de bactérias : Cocos (formato arredondado); Bacilos (alongadas em forma de bastonetes); Espirilos (formato espiralado) e Vibriões (possuem formato de virgulas). 
Até 300 anos atrás, ninguém sabia da existência deste tipo de vida, foi um holandês chamado Leeuwenhoek que as observou pela primeira vez.Em 1865, Louis Pasteur, através de seus estudos e observações, descobriu como elas se multiplicam e causam doenças. Contudo, os estudos desta forma de vida só foram mais precisos depois que Roberto Koch, em 1870, descobriu como colori-las e mantê-las vivas em uma espécie de geléia que ele mesmo criou. Desta forma, elas poderiam ser observadas por mais tempo e também de formas diferentes, fato que permitiria um conhecimento mais completo e aprofundado deste tipo de vida. 
Principais doenças causadas por bactérias 

  • Tuberculose: causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis. 
  • Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra). 
  • Difteria: provocada pelo bacilo diftérico. 
  • Coqueluche: causada pela bactéria Bordetella pertussis. 
  • Pneumonia bacteriana: provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae.
  • Escarlatina: provocada pelo Streptococcus pyogenes. 
  • Tétano: causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani). 
  • Leptospirose: causada pela Leptospira interrogans. 
  • Tracoma: provocada pela Chlamydia trachomatis. 
  • Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae). 
  • Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum. 
  • Meningite meningocócica: causada por uma bactéria chamada de meningococo. 
  • Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae, o vibrião colérico. 
  • Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi. 


Fonte: